*Poema: Amarildo Anzolin
Carta que vê a sorteCego canta o que vêTem olho que enxergaTem olho que nãoTem olho que enxerga e pensa que vêÉ tiro em olho vivoFogueira em olho d'águaOlho-de-peixe é alho por alhoOlho-de-tigre, dente por dente
Carta que vê a sorteCego canta o que vêMeu olho pode piscarPra meninas dos seus olhosÉ olho roxo, mau olhadoOlho de vidro quebradoOlho-de-peixe é alho por alhoOlho-de-tigre, dente por dente
*"ver é sagradoDá trabalhoVer e ficar caladoVer é só retalhoDe cima do galhoFica menorAmplificadoQuando se olha melhorOlhar é duroSe de cima do muroO sol desce do prédioFica escuroEnxergar não tem remédioÉ calo antigoOlhar é seguroMesmo sem critério".Negro é a cor dos olhos que Deus me deuAzul é a cor dos olhos que Deus te deuQual será a cor dos olhos que Deus nos deus?"Dentro do olho cabe tudo"